sábado, 9 de fevereiro de 2008

super-poderes :)


todos devíamos nascer com um super-poder! Isso mesmo, a tal da entidade criadora, tendo em conta o feitio, e o plano traçado para cada novo objecto de criação, devia seleccionar um super-poder para lhe atribuir. saliente-se que já nem me refiro ao direito de escolha que cada um deveria ter sobre esse super-poder, pelo que me parece bastante moderada a presente revindicação. (e não me venham com darwinismos e evidências científicas, que a bem da sobrevivência deste meu raciocínio sou, de momento, a melhor amiga e a mais fiel seguidora de Lineu!)

além do mais, não é justo, visto que há por aí muita gente dotada de capacidades extraordinárias, e às vezes em número plural! é vê-los,
- os que nascem capazes de estabelecer um número de sinapses muito acima da média;
- os que multiplicam as horas do dia, e fazem em 24h, coisas que eu não sonharia fazer em menos de 36;
- os que têm comando com botão on-off para a consciência (confesso que este, uma vez que me parece característico dos felizes contemplados, viver em estado off);
- os “transformistas”, dissimulados de uma forma doentia, e crentes de que poderão sempre refugiar-se na sua pele de cordeiro, e sair impunes quando na verdade são culpados (este é um falso poder...gasta-se! a largo prazo perde o efeito e o suposto dotado acaba com a careca a descoberto);
- os que têm um coração DESTE tamanho, e que geralmente são insensíveis à dor e ao sofrimento próprios, e são capazes das maiores proezas pelo amor que têm ao próximo;

eu, cá por mim, se pudesse escolher, queria o super-poder do teletransporte (e não vale dizer “eu também”, escolhi primeiro!). seria um estado de coisas perfeito. não é que agora esteja mal, nem coisa que se pareça, mas entenda-se, a insatisfação e o desejo de melhoria são inerentes à condição humana (ou pelo menos assim deveria ser, mas isso já é assunto para outra reflexão) e, nesse sentido, não me fica mal a vontade de ver melhorados alguns aspectos da realidade actual :) mas, voltando à minha escolha, já se imaginaram com a capacidade de desaparecer daqui... e reaparecer... ali (onde apeteça!), no mesmo momento?!

- no fim de um dia de estudo – “estou estoirada, vou dar um mergulho ao Bilene”;
- estou na emigração e o mano faz anos – “parabéns, mano! toma lá um xi”;
- num daqueles momentos em que a companhia (não escolhida na maioria das vezes) não cessa o blá blá blá, mas também não desenvolve o tema – zzzzzzpt... “ond’é q’éla foi?”;
- já em Celorico, no caminho para Salamanca – “chiça penico, esqueci-me das botas” ...zzzzpt... “eh! eh! afinal já não!”
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reli-me... continuo a fazer sentido!


beijito teletransportado (sentiram?!)
ana :)

p.s. não contem a ninguém, mas enquanto passava mais este devaneio para o papel, escrevi “supervivencia”, em vez de “sobrevivência”... o tiquinho é que me chamou à razão. lá terei de aceitar a minha condição, e pôr o “meu querido mês de Agosto” como toque do telemóvel, né?!