sábado, 6 de fevereiro de 2010

questao de português (ou nao...)


é ponto assente que “crer” e “querer” sao palavras distintas, com significados diferentes e fáceis de entender. o problema surge quando, ante determinadas situaçoes, se faz ténue a linha que separa estes dois conceitos, tornando-se entao fácil a confusao entre “aquilo que se deseja” e “o que se acredita que vai ser”.
por mim falo, eu que sou convicta das minhas crenças, e que distingo perfeitamente o que desejo do que prevejo... pelo menos na maior parte das vezes. casos há em que se vergam a clareza de ideias e a capacidade de raciocínio ao poder do que passa no peito, de foma que, enquanto a boca verbaliza uma suposta convicçao, o cérebro procura (na clandestinidade e sem fazer muitas ondas - para nao magoar, ja que a tomada consciência de que afinal o "crer" é apenas "querer" doi!) a raíz onde esta se agarra. porque nao se trata de falta de honestidade, senao de falta de lucidez (ou excesso de vontade, digamos em abono da verdade).
nao estou segura de me fazer entender. às vezes as ideias sao claras e objectivas na minha cabeça, adquirindo contornos de enigma quando as passo para o papel (culpa da caneta, seguramente, nunca da mao que a conduz!). a questao é que por vezes, à força de tanto desejarmos uma coisa, acabamos por aceitá-la como uma convicçao, e nao como um desejo que é. mais, acreditamos que mais cedo ou mais tarde, será algo concreto, real portanto.
ao fim e ao cabo (e depois das voltas do costume, que nao gosto de conclusoes rapidas), onde pretendo chegar, é à conclusao de que esta mistura entre “o que se quer” e “o que se crê”, ao contrário de nefasta, pode trazer consequências muito positivas, na medida em que funcionar como força (seiva nutritiva, vento impulsionador, o nome é questao de conveniência – ou de veia poética, está bom de ver) para continuarmos a acreditar e a perseguir sonhos e desejos. de acordo com este ponto de vista, aceita-se a confusao, desde que esta sirva o bem maior da procura da realizaçao pessoal e, no fim de contas, da felicidade.
beijito emigrado
ana:)

p.s. nao tenho fotos comigo:/ (e peço desculpa pelo português, mas o teclado francês nao deixa mesmo fazer melhor - e da ganas de atirara c'o copmputador a parede...arfff!)

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